ELES VIRAM..A LUA..CAIR..
SEUS OLHOS ESTAVAM VIDRADOS, ESTÁTICOS, SEUS PÉS ADORMECERAM, E AS MÃOS TRÊMULAS NÃO CONSEGUIAM MEXER-SE.
OS DOIS IRMÃOS, CALAVAM SEU GRITO, DENTRO DE SI, E AJOELHARAM-SE DEIXANDO SEUS BINÓCULOS CAÍDOS NA AREIA GROSSA DAQUELA PRAIA, COBERTA POR UM TAPETE DE ESTRELAS. OS DOIS NÃO ENTENDIAM, E AO MESMO TEMPO, INTIMAMENTE SE MARAVILHAVAM, COMO? COMO PODIA SER...TUDO ESTAVA A UM PASSO DO FIM...E SOMOS OS ÚNICOS A PRESENCIAR..E A MORRER..ANTES DOS OUTROS, TALVEZ... A MADRUGADA, MARCAVA DUAS HORAS, E OS DOIS IRMÃOS, QUE AMAVAM OBSERVAR O CÉU...QUERIAM APENAS, VER A VASTIDÃO DO UNIVERSO SOB O OBSERVADOR BINOCULAR QUE SEMPRE OS ACOMPANHAVA, NESSAS AVENTURAS PELA ILHA, ONDE MORAVAM. A LUZ JA ERA FORTE NESSA ALTURA, PARECIA SER IRREVERSÍVEL, NADA A FAZER, OS DOIS AJOELHARAM-SE E ROGARAM FORÇAS A DEUS, PENSARAM NOS PAIS, AVÓS, TIOS ENFIM EM TODOS OS SEUS PARENTES...FOI AÍ QUE A LUA RECUOU...E VOLTOU AO SEU LUGAR.
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 03/07/2008
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