TRANSMUTOU-SE..EM MIM...A PAZ.
DA JANELA, EU VI O TEMPO FRIO..BRINDANDO..
OBSERVEI QUE A NÉVOA..NÃO DIMINUÍA.. E QUE A TEMPERATURA..DA PRIMAVERA..ERA FRIA..TEMERÁRIA.. FIQUEI DESCONFIADA..SERÁ O DIA..SERÁ A HORA... OBSERVAVA.. A INCOERÊNCIA....DA ÉPOCA.. CHOVIA FINO...NA ESTAÇÃO DAS FLORES.. A MONTANHA ME CONVIDAVA..A SORRIR... MOSTRANDO-SE COLOSSAL... EU PERCEBI A MINHA FRAGILIDADE.. DIANTE DA SUA PAZ... DIANTE DA SUA FORÇA...NATURAL DIANTE DA SUA PERMANÊNCIA.. A PAZ DAQUELA MONTANHA EM FRENTE A MINHA JANELA.. ERA QUASE IMPERIAL..COMO A CIDADE.. FIQUEI REFLETINDO.. QUANTO TEMPO PARA A MESMA SE DESINTEGRAR.. EU E A MONTANHA..DESINTEGRANDO.. CADA UMA AO SEU TEMPO.. COM CERTEZA ELA, DEMORARIA..SÉCULOS.. E EU..ALGUNS ANOS.. OU MENOS..NÃO SEI.
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 24/09/2008
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