A crônica da vida...
Hoje parece utopia, viver a vida, viver a morte, olhar o rosto dos nossos antepassados sem sentir torpeza, ou alegria. O tempo passa solene, impávido, entre todos nós, nossa estrada é cansativa, ou breve, dependerá, da trajetória, das mentes. As nossas mentes, são tão íngremes, tão vacilantes, e enganam nosso coração. As febres, os holocaustos, as doutrinas insanas, as falcatruas do mundo, as vitórias e derrotas, todos nós enfrentamos nesse caminho percorrido desde o berço até o derradeiro momento do Porvir. Mas qual Porvir? O prometido a todos nós..um Céu.. Ou um desconhecido de todos nós..o Inferno. A perpetuação da espécie seria, ela, uma garantia de vida após a morte? Acho que a resposta, não está bem explicada, ou talvez, não exista. Nossa memória, existe, e está pronta, para nos auxiliar, a cada ano, hora, minuto ou segundo da vida. Precisamos desta caixa preta, durante todo o percurso vital. Nossa consciência, que deve ser plena, está muito deturpada, emoldurada, engalanada. E só por culpa de um livre-arbítrio, sorrimos diante da dor, ou choramos de alegria, assim, somos todos nós, seres humanos. Estranha espécie substitutiva de outras, que aqui viveram e pereceram extintas. A vida é uma crônica, tecida com pormenores efusivamente reais, e surpreendentemente irreais. Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 15/12/2008
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