A senhora da noite II
A senhora da noite, nunca titubeia, luta com a sua fantasia ininterrupta, e a cada dia, almeja mais e mais, em sua jornada lunática
Irene já efetua esse rito, desde os tenros anos, e deposita nessa volúpia, um gosto estupendo pelo enegrecido ranger de um estilo seu: o mistério. Seu marido não falava nem bem , nem mal daquilo que a mulher repetia a vários anos, diariamente, apenas aguardava ansioso, por um desfecho revalorizado daquele ato meio insano. Um dia Irene, vestida de preto, foi ao pé do ouvido de Irineu, seu esposo, e balbuciou as seguintes palavras: "A noite é a amante mais sublime" continua
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 15/04/2009
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