Figuração...
No meu eterno aterro, vejo a mortalha despida...
E na imensa despedida que não cessa de acabar, me acabo. Passo lento fulgurante, cheio de tom e cor... Fito a moça recatada, véu negro escondendo a dor... À beira do lago, um cisne negro é insolente, geme. E minha alma sôfrega se acalenta no ritmo de bilhões... Meu eterno jargão é Viver! e Viver! Minha pausa insolente é te amar.... E o teu corpo jaz tão perene, na eterna morte. Ele habitará breve sete palmos de amargor... Porém o amor é sempre bem vindo, mesmo post-mortem... Post-mortem, é a eloquência final...real de cada um... Eu, você e a mulher que se foi e partiu na euforia (Ano-novo) Naqule trinta e um de dezembro à meia-noite, na esquina...
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 01/01/2012
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