Última hora...
Veio a mim o sussurro da madrugada que vicejava minha fé. No horizonte que ao longe erguia-se, via-se o mar serenando. A paz que inspirava imortalidade traduzia-se debalde... A eloquência me demolia, e eu relia sob meia luz: "Jaz". Sim "Jaz" seria meu centésimo soneto então. E impávida eu colheria do Éter...Todo o apogeu. Todo o apogeu que refletia a finitude. E ali na cena marinha tornei-me cerúlea. Meus olhos possuíam apenas um istmo... Que fazia a ponte extrema; da virtude Da intensa virtude de jazer além do eu... De saber fenecer a cada manhã... Renascendo na hercúlea razão de viver Em plenitude cada última hora.
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 03/12/2012
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