Soneto da via crucis...
A via ou a vida...Ou a frescura da morte...
A longinqua mentira da família, e da paz... Tudo que se sonha, tudo que se mede. Tudo que faz a energia...Sorrir... A verdade é que ser infeliz faz doer... Remoe, e moe; tudo ressou...e estrangulou... A via é crucifixo: E eu entoo o que transcende. A vida é imune, ela flui em mim... A labareda traz tudo que evidencia... A canção faz a elegância...de não viver.. Vivo assim no descaminho: Sou produto da dor... A minha alma está presa na favela, na mazela... Na extensa mágoa, e então desejo voar... Mas acho que o Anjo...Quer me manter na via (crucis). A dor me crucifica...e senta em mim.... Amassada eu vou...longe do Bob...É do Dylan... E da sua eterna doutrina de pseudojustiça.
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 31/03/2013
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