"O BONDE DE JESUS"
“O BONDE DE JESUS” POR VALÉRIA GUERRA REITER. Já estamos vivendo uma Inquisição à brasileira que está espraiando-se; e em breve deixará de ser endêmica para ser epidêmica, já que os terreiros da religião de matriz africana estão sendo extirpados do cenário brasileiro, no caso em foco: Duque de Caxias. Existe de fato uma tropa de choque que em nome de Jesus se vale de recursos (nem um pouco cristãos) para encerrar atividades religiosas que não sejam de cunho evangélico, ou seja, aquelas que (para inglês ver) pregam um único Deus como salvador, e negam a existência de caboclos e outras entidades espirituais. A intolerância religiosa já chegou a um patamar de cristalização - onde matar em nome de Deus, virou lugar comum. Um artigo publicado no Washington Post demonstra o quanto há milícias agindo com truculência no campo pragmático quanto a perseguição supracitada. Não é “brincadeira” ou retórica, realmente existe uma facção que derruba à bala, os terreiros de umbanda e candomblé em Duque de Caxias; e tais estabelecimentos são fechados, por esta casta denominada de: O bonde de Jesus, grupo que transforma (a fé e a cultura de um povo) em cinzas. Estamos a mercê da espada que fere de morte os que professam uma fé diferente de este falso Cristianismo que prega a paz somente da boca para fora, e sela a guerra com as mãos. Há muito tempo que ser “evangélico” é apenas um modismo oportuno: já tive a chance de assistir algumas pregações vorazes por parte dos ditos "ex-isto" e/ou "ex-aquilo" que num toque de mágica trocam suas armas por bíblias e se metamorfoseam em castos mentores de Deus na Terra, e conquistam a prerrogativa de abençoarem pessoas como Jesus Cristo fazia... . Uma vez um casal de pastores que já havia cometido crimes hediondos, assumiu uma igreja em uma ilha na qual residi há alguns anos; e um amigo católico e pós-doutorado em química me avisou: Eles já mataram dez pessoas na Baixada fluminense do Rio de Janeiro e vieram para cá fazer a vida; eles disseram que pastorear é muito mais rentável que roubar e matar. Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 18/12/2019
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