VALÉRIA GUERRA, POETISALUZ

JUSTIÇA SEMPRE..........

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ENTREGADORES DE APLICATIVO: O NOVO PROLETARIADO

ENTREGADORES DE APLICATIVO: O NOVO PROLETARIADO.



VALÉRIA GUERRA REITER


O termo PROLETARIADO surgiu na Idade Contemporânea, ao lado de outros novos: nacionalidade, cientista, greve, pauperismo, liberal, ferrovia, utilitário, ideologia, estatística e jornalismo. Inclusive os vocábulos jornalismo e socialismo são de cunho internacional.

O termo classe média ou “Middle class” iniciou seu emprego também nesta fase da História. Espremida entre a Alta Classe e a Baixa Classe; ela encontra o seu lugar a partir de 1789, ou seja, com o advento da Revolução Francesa, que obviamente, não foi uma sublevação popular.

A burguesia estabelecida deseja mandar, ela precisa ser nobre, apesar dos pesares impostos por sua origem rude. Ela está sedenta. O lucro é seu maior armamento.

O movimento da Revolução Francesa fora de cunho político; e funcionou como a erupção necessária para suas irmãs: Inglesa e Industrial. A Monarquia Parlamentarista nasce de uma Revolução: em 1688. Em sua última fase, fora denominada de Gloriosa.

Tal reformulação por parte do Reino Unido afirma o quanto o mundo sempre transitou de poder em poder. E o povo? nunca fora o artífice das mudanças. Tudor e Stuart, sobrenomes a zelar de dinastia em dinastia; e o estandarte religioso foi sempre uma moeda de troca vigorosa: A reforma anglicana implementada pelo rei Henrique VIII e sua filha Elizabeth (dinastia Tudor) é um exemplo disso.

Além de “lobos do mar”, os ingleses sempre foram grandiosos articuladores políticos. A monarquia não lucrava: herdava. E a ascensão de uma burguesia acumuladora, e louca por poder, já ocupava uma representação importante na Câmara dos Comuns, no ano de 1590; e trazia na testa a marca do PURITANISMO OU CALVINISMO INGLÊS.


Bem, os Stuart fincaram as unhas no povo; através do aumento de impostos, e formação de monopólios estatais, para participar dos negócios burgueses. E de guerrilha em guerrilha, e acordo em acordo: A marca absolutista sucumbe frente à instituição de um parlamento monárquico. A cena das Revoluçoões burguesas conta com seus ditos coadjuvantes, e quanto a Revolução Francesa, não foi diferente. Ela se arrasta até hoje com suas correntes liberais... servindo apenas como simbologia patriótica. A Revolução Industrial também foi parida em um solo manchado de sangue inocente, e irá trocar súditos por proletários.

Fábricas, fumaça, poluição e exploração (como substrato). As classes desumanizadas gritam por liberdade, através do LUDISMO e do CARTISMO, como o grito contra às diferenças implantadas por homens-lobos. Até a natureza é atingida, em seu DNA; como demonstra o caso das mariposas de Manchester, que tiveram que se adaptar a intensa fuligem (vale um artigo específico sobre o caso genético, em breve).

Sim, o conhecimento é poder, já bem disse Francis Bacon, cientista e filósofo moderno, porém, vale lembrar que aqui no Brasil, (especialmente) tal razão e experiência não se faz para todos. Muito ao contrário, a disciplina de História é considerada apriorismo. E sua oficialização como profissão registrada: ainda tramita em Câmaras, sem aprovação de projeto de lei. O país está em mãos erradas, ele sucumbe através de mais um Golpe de Estado, e impõem uma Ditadura neocolonial baseada no Estado Mínimo e na anarquia ditatorial.

Temos um vírus no ar, que ceifou mais de 60 mil vidas, e o que sobrou da Economia está no Mercado de Entregas (principalmente de alimento): São homens e mulheres que não sabem quem é Oliver Cromwell, e talvez nem saibam quem é FHC; porém voam em cima de motos a 130/km/h (e por vezes se acidentam) para entregar a pizza para o pequeno burguês, que não quer perder a melhor série da hora, e nem deixar de ver os debates mais quentes, em seus canais preferidos.

Sempre haverá uma classe trabalhadora, um proletariado na linha de frente; a diferença é que quebrar as máquinas à guisa dos ludistas: não consiste em vitória, afinal (os vilões são humanos). “A saída real para a igualdade se ampara em máximas, como esta do professor Paulo Freire: "Quando a Educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”.

#LEIABRAZILEVIREBRASIL







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Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 02/07/2020
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