VALÉRIA GUERRA, POETISALUZ

JUSTIÇA SEMPRE..........

Textos


A FUGA - CAP. FINAL

-Francisco, Francisco...onde está seu peste. A hora do jantar é sagrada. Onde estás?

 

Dentro do quarto, Débora chorava junto à Marisa, a tia da menina estava na cadeira de rodas, e pediu para a sobrinha levá-la até a capelinha interna, pois queria rezar ao novo santo Carlos Acutis, pela vida do sobrinho querido. A menina não tinha forças para empurrá-la e chamou Mirtes.

 

A governanta estava demorando demais a atender. A menina ficou preocupada.

 

O médico estava estourando de dor de cabeça, e nada de achar o seu primogênito, chamava, chamava e nada...

 

No final do enorme jardim havia um lindo balanço ornado de flores, e o pequeno estava sentado nele. O pai furioso o avistou, e chamava sem parar o rapazola. Quando ele se aproximou do balanço percebeu que o menino estava paralisado. Se aproximou e segurou as costas do filho, e ele caiu no solo. O doutor acorreu e tomou seu pulso, seus batimentos cardíacos estavam cessados, e o austero e esnobe progenitor de Francisco começou a chamar Mirtes, que pela distância não escutaria.

 

Ele então tomou o menino nos braços e correu para casa. Urrava: Mirtes, Mirtes , sua irresponsável, você não sabe que Francisco não pode cheirar rosas, acho que meu filho está morto.

 

Porém, Mirtes não estava ali, ele procurou Marisa, não a achou, procurou a filha Débora, e nada. Então, colocou o garoto no sofá, e começou a ligar para o Hospital. Não fora atendido, então foi até o sofá para olhar de novo o desmaiado, no entanto, ele não estava mais ali. Norberto chegou acompanhado de dois enfermeiros, que se achegaram até o doutor Leonardo, que estava desmaiado perto do roseiral. Ele estava tonto e chorava copiosamente. Norberto o abraçou e disse: - Meu caro amigo, vamos você precisa de cuidados, já pedi a Léa para cuidar da casa na sua ausência. Mirtes, Débora, Marisa e Francisco se estivessem aqui iriam gostar muito que você fizesse este tratamento.

 

 

- Não foi possível deter o facínora, ele roubou e atirou nos três, enquanto Francisco cheirou profundamente as rosas que ele tanto amava. Foi uma fatalidade, Mirtes sempre fez um excelente trabalho com os meninos, ela só não foi buscar o pequeno Francisco, por que estava morta.

 

 

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 02/07/2024
Alterado em 02/07/2024
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras
O sonho e a realidade caminham juntos Valéria Guerra Reiter